sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Margem Sul

Não quero libertar-me
da minha história, dos grandes navios
que ajudei a reparar, pintar, soldar,
equilibrado como um hábil trapezista
a grandes alturas. Exilado
do cais, hoje navego
na luz do fim da tarde. As minhas mãos
voam na perícia que me resta
jogando os trunfos
que verdadeiramente nunca tive.

Autor : Inês Lourenço, In "A Enganosa Respiração da Manhã",

3 comentários:


  1. Foto e poema condizentes. Ambos muito belos.
    .
    Cumprimentos poéticos.
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  2. Olá amiga!
    É verdade. Lá vai o tempo dos grandes estaleiros nessas zona.
    Outros tempos outras eras!
    Votos de um excelente fim de semana!
    Beijinhos!

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  3. Perfeito. Um poema nostálgico.

    Grande abraço
    Dan
    https://gagopoetico.blogspot.com/2021/01/mundo-desumano.html

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