quinta-feira, 4 de julho de 2024

Não há tempo

Não há tempo
há horas

Não há um relógio
hábitos que
me habitam

O poema dói
o ponteiro corta
a hora que queima
a morte simula

respira
para não me distrair

Autor : Fernando Lemos,
 in 'A única real tradição viva - antologia da poesia surrealista portuguesa'

2 comentários:

Agradeço muito o feedback .
Mas, não comente se não leu, e por favor não deixe copy-paste.
Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!