Vagueio
pela imensidão do mar
entre visões fascinantes
de ondas entorpecidas
navego nos escarpados
de meus pensamentos
não sei como chegar
ao cais seguro
de teu coração.
a ilusão de meus desejos
trai-me!...
a visão de trevas
persiste e ilude-me
na incerteza
deste mar que trilho
o Luar
foi-se...
a angustia em mim
permanece.
queria esquecer -te
mas não consigo.
a tua silhueta no horizonte
provoca-me!...
turva-me o olhar
no receio de naufragar
mantenho
as velas enfunadas
para que, na viagem do vento
me reboque
sinto que perco forças
para chegar aquela praia
onde um dia
fizemos juras de amor.
chama-me!
alaga-te!
neste meu mar estéril
sim!
eu te ouvirei e direi
Estou aqui
Autor: Fernando Jorge Benevides 05/11/2012
in O Gesto e o Olhar
Imagem : David Talley
O amor... sempre um lugar de naufrágios.
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