De tuas entranhas,
Do odor de tua pele,
Do suor e do sangue,
Do calor do teu corpo,
Entre tuas pernas...
Abertas ou fechadas
Como janelas cansadas,
Atrevidas, caladas.
Nasce do medo,
E da cor do dia,
Da tristeza
E da alegria,
Até da própria poesia!
Nasce do grito,
Da dor da mulher parida,
Da satisfação,
Da necessidade,
Da leitura ao pão,
E da própria vida!
De onde? De tudo!
Até do absurdo!
Do poeta que não fala,
Da dor que se cala,
Quando pareço mudo!
De onde? Do caos!
Da guerra dos mundos,
Dos olhos perdidos,
Atrevidos, sem esperança,
Da moça e da criança.
Nasce também da dança,
Dos lobos na madrugada,
Nasce do amor,
E do amor à amada!
Nasce quando choro,
Imploro e quero colo,
Nasce quando da minha veia,
A inspiração parece teia,
E a minha poesia é nada mais
Que dois dedos na areia!
Autor * Paulo Carvalho, jornalista, poeta e escritor.
Imagem Karrah Kobus
O desalento também pode ter uma mulher que o deu à luz.
ResponderEliminarFoto e poema deslumbrantes de ver e ler.
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Uma semana feliz.
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Um poema muito bonito!!
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Um paraíso dentro do meu pensamento
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Beijos. Boa noite