Ardem os sinais do coração.
Eis o pátio, deserto e claro
onde adormeceram as palavras que disseste.
Chegam aos olhos e pousam, ressonantes.
Tudo dói, canta e arde
entre os estorninhos das sílabas.
Voltaste sabendo que há palavras
que nunca morrem como serpentes,
puras são, minúsculas conchas
dando à costa da fala
a chama entontecida e fulminante da claridade.
Neste pátio deserto da tua vida
dirás como o velho navegante das estações:
“Dou-me bem com o mundo
na selva do meu silêncio.
Autor : Eduardo Bettencourt Pinto
Imagem : anna derzhanovskaya
Fascinante de ver e ler
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Continuação de um ano feliz
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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