a noite de escuros voos apanhou-me
com a cabeça acesa numa teia de tinta
é sempre uma mentira existir
fora daquilo que está no fundo de mim
abro
o livro das visões
e uma cidade são todas as cidades trituradas
na memória calcinada do homem nómada
canto
ó resplandecentes águas ó murmúrio quieto
das areias
um pulso que se abre e estremece violento
ó dor da árvore ó surdo ruído do coração
onde a seiva das bocas brilha derramando-se
sobre o corpo
que na asa do migrante pássaro navega
ávido de mundo e desolação.
Autor : AL BERTO
imagem :Karyn Teno
Harmonia poética perfeita.
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Feliz fim de semana … Cumprimentos poéticos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Poema sublime. Amei. Obrigada pela partilha!!
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Assim serei enquanto eu viver...
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Beijo. Bom Fim de semana.