As sombras invadem um mundo como hordas semblantes
Povoam abandonados espaços
Apossam-se na escuridão da escuridão da luz errante
Em taciturno caos avultam-se decrépitas figuras
Silhuetas de destituídos contornos
Esbatidas no retraçar de um símbolo inscrito em infinitos círculos
Cingidas, as sombras agigantam-se, inclinam-se sobre o corpo, abatem-se sobre a face
É íngreme o caminho conducente à ascensão
A nocturna vigília do pranto oculto das sombras
As sombras apoderam-se da razão como hordas errantes
Avolumam-se no obscurecimento da memória
Apartam da luz a luz semblante da escuridão
Iluminadas, as sombras são labaredas insanas
Silhuetas esparsas de um fogo
Incêndios ocultos no corpo
É inquieta a noite que se estende num sibilar de vento infame
É débil o desígnio ocluso que se sente silêncio impronunciado
Silenciadas, as sombras arrastam-se, contraem o rosto, desabam sobre o corpo
Árdua é a crisálida do monocromo de uma lágrima
A nocturna vigília do pranto oculto das sombras
Autor : Filipe Campos Melo
Imagem :Michelle Ellis
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ResponderEliminarIndependentemente da publicação que vi, li, aplaudo e elogio, passo para desejar um FELIZ NATAL, extensivo à sua família e amigos.
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Cumprimentos natalícios
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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