todos os livros que leio me falam da tua morte
mas não se pode acreditar em tudo o que se lê
e sabendo embora que a tristeza não existe
não posso deixar de me sentar com a cara apoiada numa das mãos
a vida é uma doença de que alguns se curaram
passo os dias sentado num café à distância
e entre mim e mim existe já uma intimidade insuportável
(como dar de novo ouvidos aos meus mestres de outrora?)
fui dos que julgaram ter nascido para tornar grande o mundo
mas atrasei-me de propósito num quarto cheio de homens
– procuro perceber que tempo é que me cabe –
uma noite fui visto a lançar fogo ao mar
Autor : Bernardo Pinto de Almeida
Imagem e poema, deslumbrantes que me fascinou ver e ler
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Cumprimentos poéticos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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