O sotão: era ali
que o mundo começava. Ainda
não sabias, então,
quantas letras te seriam
necessárias para soletrar
o alfabeto dos dias, para encher
a tua caixa
de música, a tua concha
de areia. E ainda
o não sabes hoje. Com cinza
nada se escreve a não ser
as vogais do silêncio. E este
é o nome que se dá à ausência,
quando a noite e a poeira
dos astros pousam
sobre a ranhura dos olhos.
Autor : Albano Martins
Imagem : Annegien Schilling
Poema lindíssimo e muito sentido. Gosto muito. Parabéns Beijinhos
ResponderEliminarExcelente poema! Adorei :))
ResponderEliminar-
No meu pensamento faz frio ...
Votos de um dia feliz. Beijo.
Foto e poema deslumbrante que muito gostei de ver e ler.
ResponderEliminar.
Saudações cordiais
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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A ausência de alguém é uma presença constante.
ResponderEliminarUm abraço.