Podias obedecer a um registo de perder
o respeito, levantar a saia se a tivesses,
alçar a perna se cão fosses, mandar à merda
quem vem socorrer-te da vida e te decepa os dedos.
Com um rigor de artilharia que amortece o cansaço,
o combate quase sereno. De vez em quando,
fazes a conta de cor e dizes apesar de tudo, inspiras-me,
e não queres saber muito mais do que isto.
Estás na vida com na montra alguns relógios,
parado, e pensas numa sepultura no mar, tudo
menos esta terra, tudo menos uma corda, tudo menos
viver a pulso e ter de sacudir a chuva contra o casaco.
Os dias sem prognóstico, vivendo apenas para
esperar a madrugada, e que ela venha como cortejo
e aprendas a ficar.
Autor : Marta Chaves
Imagem : Annegien Schilling
Intenso e profundo. Bela imagem
ResponderEliminar.
Abraço e/ou beijinho.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Lindíssimo.
ResponderEliminarBeijinhos.
Mais um poema magistral que adorei ler! :)
ResponderEliminar-
Existem silêncios que atropelam ...
-
Beijo e uma excelente noite :)