Débil luz surgindo no céu
de súbito entre
dois galhos de pinheiro, as finas agulhas
recortadas agora sobre a superfície radiosa
e acima disto
o alto céu emplumado –
Cheira o ar. Este é o cheiro do pinheiro branco,
sobretudo intenso quando o vento passa por ele
e o som que faz é igualmente bizarro,
como o som do vento num filme –
Sombras movendo-se. Produzem as cordas
o som costumeiro. O que ouves agora
será o som do rouxinol, chordata,
o pássaro macho a cortejar a fêmea –
As cordas agitam-se. A rede
balouça no vento, bem
amarrada entre dois pinheiros.
Cheira o ar. Este é o cheiro do pinheiro branco.
É a voz da minha mãe que ouves
ou tão-só o som que fazem as árvores
quando o ar passar por elas
pois que som faria
o passar por nada?
Autor : Louise Glück
Imagem :Julian Calverley
Foto e poema deslumbrantes de ver e ler.
ResponderEliminar.
Feliz fim-de-semana. Abraço e/ou beijinho.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
Fantástico poema!
ResponderEliminarA imagem é poderosa!! :)
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Existe uma beleza inexplicável, no ar
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Beijo e um excelente fim de semana!
Poema lindíssimo e foto bem interessante
ResponderEliminarBeijinhos