Há mulheres que falam silêncio. Enchem a vida como um
batel de sonhos. Se lhes perguntam se querem falar do que
arrastam, respondem que é das gaivotas que preferem falar.
Trocam a terra firme pelo baloiçar das águas. Não têm
âncoras nos barcos, pois é com as mãos e a alma
que querem agarrar as amarras do cais.
Largam abrigos sem consultar as bússolas e os astrolábios
dos navegadores. Não mareiam, deslizam, Não cismam
no que não têm, antes observam as mãos abertas
e encontram-nas vestidas de sonhos.
Aconselham-se com as marés e escutam os peixes
que vêm à tona. Vestem-se para uma festa todas as noites,
mesmo que as noites não se abram ao vento,
Adormecem em almofadas de penas.
Os seus corações não precisam de leme.
Autor : Lília Tavares
In: Bailarinas de corda.
Imagem: Ron di Scenza
Uma mulher na sua essência de ser humano, encerra em sim, todas as maravilhas do mundo. O resto...é paisagem.
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Saudação. Bom fim de semana.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Vivem do sonho ou... do desgosto.
ResponderEliminarUm abraço.
Um poema muito bonito!! :))
ResponderEliminar*
Não é fantasia nem invenção
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Beijos e um excelente fim de semana.
Vivem dos sonhos...
ResponderEliminarBoa noite.