Como se morre diante de uma palavra? Tantas que passaram pelos meus dedos – cardumes, nuvens, revoada de pombos. Areia. Já foram os calções e as sandálias da minha infância. Eu sei: trago-te hoje tão pouco! Mas é impenetrável a neblina dos montes no coração de um homem. O poema nem sempre é o deserto que fulgura diante dos olhos, a tarde de oiro que se levanta em Setembro sobre o cântico da tribo. Às vezes é esta palavra frágil e cansada entre outras palavras e que cega voa em direcção às dunas onde a noite se cala, de tão triste, no fim desta viagem pelo dia.
Autor : Eduardo Bettencourt Pinto
Imagem : Ron Gess
Quando os pensamentos esvoaçam atrás de um passado que está gravado dentro do ego. Gostei muito de ler.
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Feliz fim-de-semana.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Verdade. Muito melancólico. Mas verdadeiro! :/
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Bom fim de semana. Aqui ou além 🌻
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Beijos, e um excelente fim de semana.