alguns passos solitários,
as paredes dobradas
e a calçada desnuda
a sangrar madrugadas.
A rua em silêncio,
alguns passos indiferentes
a bailar com a dor da alma
e as bocas que jazem nuas
na mesma corda diagonal.
A rua em silêncio,
o fio-de-prumo a dobrar
a curva das palavras submissas.
E a rua toda ainda assim
Autor : António Carlos Santos
imagem : Ildiko Neer
Uma das ruas da nossa vida.
ResponderEliminarUm poema muito bonito :)
ResponderEliminar.
Deambulava num sonho inacabado
.
Beijo, boa noite!