E aquele olhar seguiu-me.
Era curto o caminho, um corredor, uma porta.
Olhar curioso.
Vale uma parábola?
Uma mulher andando, um homem olhando.
Mais nada?
Mais nada.
E lá ficou o corredor e a porta.
E a mulher...
Sou eu.
Não valia mais que um olhar, embora curioso e
gracioso.
O homem...
Lá está, estará, interrogativo a olhar uma e outra
que passam.
Aquele olhar, aquele olhar!
Queria-o... como uma coisa que se agarra e que
se possui.
Mas para quê e como?
Fio de olhar, pura curiosidade.
Não é disparate lembrá-lo e tê-lo até notado?
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Autor : Irene Lisboa Volume I, Poesia I: um dia e
outro dia.../ outono havias de vir. Lisboa: Editorial Presença, 1991, p
304 (Organização: Profª Paula Morão).
Imagem : Xénia Lau
Existem olhares que dizem mais que mil palavras.
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Votos de um dia feliz
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Poema de um devaneio.
ResponderEliminarTão bonito!! :)
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Um excelente fim de semana.
Beijos