O teu cabelo volta a ondular-se quando choro. Com o azul dos
teus olhos
pões a mesa do nosso amor: uma cama entre o verão e o
outono.
Bebemos o que alguém preparou, que não era eu, nem tu, nem
um terceiro:
sorvemos um último vazio.
Miramo-nos nos espelhos do mar profundo e passamos mais
depressa um ao outro os alimentos:
a noite é a noite, começa com a manhã,
é ela que me deita a teu lado.
Autor : Paul Celan, in "Papoila e Memória"
Tradução de João Barrento e Y. K. Centeno
ResponderEliminarIntenso, profundo, sensual, fascinante de ler e...imaginar a cena.
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Abraço. Um dia feliz.
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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O que me ocorre dizer é, apenas, "belo poema de superior construção".
ResponderEliminarSimplesmente belo! Impressionante lirismo! Onde o amor mergulha, numa suave e intensa paixão!
ResponderEliminarAdorei!
Boa semana!
Beijinhos!
De tão lindo e profundo, não sei oque comentar. Apenas, gratidão.
ResponderEliminarAbraços,
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/2021/01/mundo-desumano.html