quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Mapeamentos

 

Desenhava caminhos no corpo dela, como se fossem mapas.
Marcava a longitude como se cravasse ali, o coração. 

Em cada parte dela,
eu era e descobria caminhos na presença, nas pintas que a natureza riscava na pele dela. 

A sensação de conhecer cada centímetros da pele dela
me fazia delirar na doce e eterna delícia de amar. 

Mapear os contornos do corpo dela
e deixar ali as marcas das minhas digitais e encontrar a minha constelação. 

Rota, bússola e direção e o corpo dela caminho da minha perdição e redenção. 

Autora: Mariana Gouveia 
Foto: Elena Vizerskaya

2 comentários:

  1. Lirismo impressionante! As emoções no seu estado puro, em cada palavra escrita...
    Belíssimo!
    Um ótimo fim de dia, e boa noite.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

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Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!