tornei-me assim liquefeita
quando daquela feita
despi-me de nãos e sins
de mim então me perdi
nessa vontade inconclusa
acumulada no rim
ficou a mágoa comigo
fincada dentro do umbigo
quase criava raiz
minha tristeza de chuva
esta amargura profusa
tem olhos túmidos
sou tal e qual o dilúvio
derramo transbordo enxurro
sangro os pulsos
Autor- Líria Porto
in "Esculturas musicais 14". Zunái - revista de poesia e debates, 26.7.2013.
Um poema de autoanálise, muito interessante.
ResponderEliminarPoema muito bonito de ler. A foto é fascinante.
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Um dia feliz
Abraço
Que poema lindo! :)
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Mundo louco...
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Beijo, e uma boa noite!
Líria Porto: poesia que usa só as palavras necessárias. Admiro.
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