Tão cheias as mãos de pedras
e de lama, de ruas sem saída,
de linhas que não são nem casas,
nem caminhos, nem janela,
nem telhado, nem paredes.
Tão cheias as mãos de destinos
confusos que não se perdoam, que
se magoam nos declives imperfeitos
dos corações sem margens. Tão cheias
as mãos de pedras e de lama. De asas
sem corpo onde fechar a dor.
E o peso. O peso dessa angústia
sem braços.
O peso.
Autor : Virgínia do Carmo
Imagem :Sabrina de Vries
Foto e poema. A conjugação poética perfeita, fascinante, magistral.
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Feliz fim de semana
Uma homenagem às mãos, que também são a nossa identidade e que é a primeira parte de nós que oferecemos a conhecidos e a desconhecidos.
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