perdoa-me este vento no rosto
só por dizer o teu nome
esta forma imoderada de pousar-te no corpo
e íbis nidificar em teus seios
redondos e suaves como mundos imaginados
perdoa a riqueza deste amor
sem sedas nem brocados
a fragilidade deste mundo sem orientes
nem senhas nem tratados
e esta resma de escritos imperfeitos
em que invariavelmente falo de ti
mesmo quando não é de ti que falo
quando disfarço o teu nome sob a capa do mar
quando desfolho o teu corpo crisálida
em momentos só meus
e vejo emergir mariposas de toucados ancestrais
quando digo de «a» a «z» o que me vem escrito na alma
e grito que é vazio
(só vazio)
o alfabeto das coisas
que em teu nome não digo
e nego que tu existes
que te sonho sequer
perdoa tudo isto amor
porque homem e mulher que sejamos
somos só destinos anónimos
.............................distantes
de chegada
........... e de partida
Autor: Jorge Casimiro
Imagem :Omar Ortiz
Gostei do teu poema, Bea.
ResponderEliminarTemo-nos nas nossas listas há cerca de 5 anos, mas nunca incluiu o meu Refúgio dos Poetas... Ficaria honrada com a sua visita...
Continuo a acompanhá-la.
Dias bons. Abraços
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Majo Dutra
ResponderEliminarOptei por divulgar o comentário, mas este poema não é de minha autoria mas sim do Jorge Casimiro.
Esta é uma página dedicada â poesia de vários poetos, por isso está aberta a quem queira ler.Raramente consigo responder aos comentários, mas visito, todos os poetas que por aqui vão deixando a sua pegada.
Muito obrigada pela visita
Bea, não pode ler os meus poemas, porque constam no Refúgio dos Poetas e esse blogue não está na sua lista.
ResponderEliminarTudo pelo melhor
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