Não sei que é feito delas: as palavras
para onde fugiram ? recolheram
a que lugar distante… e, sem as ver,
sinto um vazio em mim feito de nada.
À minha beira permanecem sempre
à espera que eu as chame ao meu convívio -
e ei-las ali silenciosamente
aguardando de mim o desafio.
E relanço o olhar à minha volta
e mesmo tu me surges tão diáfana
que já nem sei se tu, tempo sem horas,
só foste em minha vida vã palavra.
Autor : Antonio Salvado
Imagem: Alex Stoddard
António Salvado é um poeta que eu muito prezo e que não tem a merecida projecção. É de justiça que o relembremos como fez agora publicando um seu poema. Obrigado, obrigado.
ResponderEliminarBelíssima reflexão...em timbre poético.
ResponderEliminarBela imagem que lhe subjaz ...
Amei