Vinhas distante e mesmo assim
A minha vista logo te lobrigou
Eu descia o chiado
E tu subias
Tanto tempo se passou
E vieram logo em catadupa
Um vulcão de memórias
Muito boas e outras (muito) más
Como lava incandescente
Invadindo todo o meu corpo
Onde a pele se contraía
Tantos sonhos repartidos
Tanto desejo partilhado
Tanto de tanto e um dia
Nada restava senão um vazio
Indiferente e dilacerante
Um dia sem palavras
Fui embora e nem fechei a porta
Ao te aproximares de mim
E quando passavas a meu lado
E me viste, o teu semblante mudou
Estacaste como que fulminado por um raio
e os teus braços abraçaram-me com tanta força
como nunca ninguém me tinha abraçado antes
nem mesmo tu – no passado.
quando desfizeste o abraço
olhaste-me novamente
não pronunciaste uma única palavra
nem eu!
continuaste a subir o Chiado
e eu continuei a descer
quando entrei no metro o telemóvel deu sinal de sms
era uma mensagem tua que dizia.
“depois de tantos anos, ainda estás mais bonita, a porta continua aberta”
Autor : BeatriceM 2020-06-21
Imagem: Richard Blunt
Episódios semelhantes acontecem na nossa vida.
ResponderEliminarBom dia:- Teve que ser por SMS. O que a timidez obriga, lol
ResponderEliminar.
Um domingo feliz
Cumprimentos poéticos