Foi
como se tivessem
aberto as comportas do medo
como se tivessem
retirado dos álbuns
as fotos da nossa
infância,
e nos empurrassem
para aquele espaço
vazio.
Foi
como se tivessem
aberto as comportas do medo
como se o medo nos
prendesse ao chão
no tempo dos
pesadelos,
do sono da nossa
infância
Mas
quando se abriam as
comportas do medo
eu sabia que
chegavas
pelo cheiro dos
morangos
naquele cesto agora
abandonado e coberto de pó
A liberdade de ser
nosso aquele espaço vazio,
agora,
abre-nos as
comportas do medo,
fecha-nos as mãos
__ vazias
invade-nos um frio
exacto.
Autor : Luís Rodrigues 26-março-2020
https://brancasnuvensnegras.blogspot.com/
Imagem :Jordi Puig
Olá, bom dia:- Atualmente abrem-se portas - e janelas - do medo. E quem pode dizer que não o sente?
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Cumprimentos poéticos