Quem viu barcos
ir ao fundo
tem nos olhos a certeza
aposta firme na boca
rude descrença na reza
Quem viu barcos trazer escravos
munições e artifícios
figueira brava na costa
açoite preso no riso
Quem viu barcos
magoá-lo,
ferros, lavas e palmeiras
descrê santos e novenas,
nega laços, destrói cercos,
toma ventos por lareiras.
Autor : Fátima Maldonado
Imagem: Joel Robison
Imagem: Joel Robison
Poema que gostei muito, tendo a minha admiração poética
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