Cristina Coral
Estou doente! A médica diagnosticou-me um vírus e mandou-me para casa com baixa médica e em repouso absoluto. Regressei dos serviços médicos,meio morta, meio viva, passei no supermercado, comprei leite, ovos, cereais e massas, e meti-me na cama. Não consigo abrir os olhos, doí-me o corpo todo e vou fica aqui a hibernar até que me passe a virose. Coloquei o telefone em sinal de vibrar mas já decidi que não vou atender ninguém. Ninguém. Ninguém também se aplica a ti. Hoje sinto o mar ainda mais perto. Está bravo e eu oiço-o como se estivesse a entrar-me em casa, e sei que é impossível, eu vivo num 4ºandar. O vento assobia lá fora, daqui a nada chove. Também não interessa. Vou ficar aqui a contar a solidão e a tentar massacrar a dor que se entranhou em mim. Não estou alegre nem triste, estou doente. Não vou atender o telefone. Não vou!
Também nem telefonaste.
Autor : BeatriceM 2012-11-15(reeditado)
Olá
ResponderEliminarVisitando este blogue, confesso, fiquei fascinado. Este tema que acabei de ler, obrigou-me a interrogar-me: Quantas vezes o amor é uma virose que nos faz adoecer. Quem ama e, do outro lado, não ama tanto assim, o nosso coração sofre, fica doente.
Se calhar se o telefone tocar, será um bom aditivo - comprimido - que a retire da cama, da solidão, da doença. Que toque o telefone
Fiz-me seguidor e linkei no pensamentos e devaneios poéticos
Um domingo com melhoras a fim de que se torne mais feliz
Uma carta prosamente poética, que. pode tão bem ser realista :))
ResponderEliminarHoje : O teu respirar ainda preenche o meu peito
Bjos
Votos de um óptimo Domingo.
Ricardo Valério
ResponderEliminaragradeço o ter lido e ter compreendido a prosa poética, muito obrigada e volte sempre.
Beijinhos
Larissa Santos
ResponderEliminarmuito obrigada pela presença
beijinhos