Não fiz o luto. Não aceitei a
morte.
Fiquei parada a meio da viagem.
No cais da vida, na tua bagagem.
Nada ficou que preencha ou
conforte.
Não fiz o luto. Não aceitei a
morte.
Fiz da tua partida uma miragem.
Ao desalento prestei a
vassalagem.
Estrela morta sem roteiro, sem
norte.
Não fiz o luto. Não aceitei a
morte.
À doença chamei má sina, sorte.
Perdi o sonho, a crença e a
coragem.
Não fiz o luto. Não aceitei a
morte.
Estás comigo em pintura, em
recorte.
Alma com alma, em perene
mensagem.
Autor : Maria Helena Amaro 26/01/2014
Poema doce e maravilhoso. Amei ler.
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Um dia feliz