sábado, 21 de abril de 2018

Adoeço, peno e morro

omar ortiz

Adoeço, peno e morro
quando em ti.

Salteaste-me as defesas.
A sentinela abateste no seu posto.
Puseste fogo na tulha e nas adegas,
condenaste-me ao sono.
Derramaste por acinte
o azeite que restava na candeia.

Exiges
a minha face oculta atrás das mãos
perpetuamente.

Como se eu, digamos, fosse um cão
e como se abrir-te as portas da cidade
fosse um festim
de ossos sobre seda, que o cão
devesse agradecer.

Autor : A.M. Pires Cabral

1 comentário:

Agradeço muito o feedback .
Mas, não comente se não leu, e por favor não deixe copy-paste.
Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!