Damian Drewniak
silenciosamente aproximo-me do poema
circundo-o duma palavra faço nela
uma incisão deliberada
e exponho a ferida ao ar sem protegê-la
para que infecte e frutifique
de resina ainda com gosto a papel húmido
o poema cresce ramifica-se
comovidamente do cerne para a casca
inteiro liso adstringente sinuoso
mas
todo o poema é perfeitamente impuro
Autor : Vasco Graça Moura
Sem comentários:
Enviar um comentário
Agradeço muito o feedback .
Mas, não comente se não leu, e por favor não deixe copy-paste.
Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!