terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Quadras da minha Solidão

Victor Bauer

Fica longe o sol que vi,
aquecer meu corpo outrora...
Como é breve o sol daqui!
E como é longa esta hora...

Donde estou vejo partir
quem parte certo e feliz.
Só eu fico. E sonho ir,
rumo ao sol do meu país...

Por isso as asas dormentes,
suspiram por outro céu.
Mas ai delas! tão doentes,
não podem voar mais eu...

que comigo, preso a mim,
tudo quanto sei de cor...
Chamem-lhe nomes sem fim,
por todos responde a dor.

Mas dor de quê? dor de quem,
se nada tenho a sofrer?...
Saudade?...Amor?...Sei lá bem!
É qualquer coisa a morrer...

E assim, no pulso dos dias,
sinto chegar outro Outono...
passam as horas esguias,
levando o meu abandono...

Autor : Alda Lara

3 comentários:

  1. Poema lindo demais. Parabéns. Adorei


    Hoje:- Serenata em telepatia
    .
    Bjos
    Feliz Terça-Feira

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  2. Olá, que lindo poema, adoro poemas e amei o seu cantinho, muito encantador.
    Já estou te seguindo, tem um poema no meu blog te esperando, se gostar do meu cantinho, me segue também, ficarei muito feliz, bjus.

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  3. Beatrice, belos versos compondo este poema de Alda. Um abraço daqui do sul do Brasil. Tenhas uma boa noite, uma boa semana e um bom ano.

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Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!