quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Água morrente

Meus olhos apagados,
Vede a água cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, sempre cair.

Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer…
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.

Meus olhos, afogai-vos
Na vã tristeza ambiente.
Caí e derramai-vos
Como a água morrente.

Autor  : Camilo Pessanha
in clepsidra

1 comentário:

  1. Quero que você saiba o quanto eu aprecio
    as leituras preciosas aqui, um espaço
    único na riqueza da arte poética,
    literária e arte de imagens.
    Muito grata por todas as partilhas de
    excelência e beleza que generosamente
    oferece para todos que apreciam este
    caminho das artes.
    Deixo os meus votos de boas festas e
    2018 repleto de sonhos e realizações!
    Beijo e Abraço de Paz, Poeta!

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Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!