TJ Scott
A metade que me abraça
à lua desalinhada
e ao mar nascente,
pode ser um poema ao vento
ou um barco esquecido
num mar pequeno.
A metade que me abraça
no vento que fustiga as areias
na transladação dos céus,
pode ser um recital de sorrisos
ou uma caixa de cinzas
em ventania e temporal.
A metade que me abraça
no silêncio das minhas mãos
é a ilusão da certeza
e o início sem retorno.
A metade que me abraça
é a metade maior
é a metade sonhada
e a eterna poesia.
Autor © António Carlos Santos
Todos precisamos de um abraço... nem que seja metade de cada vez.
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