segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ausentes para amor incerto



Já nem sabíamos quem fingir,
meu amor.
Foram raros os barcos nos lábios,
e demasiadas as laranjas
que a manhã descobriu
por afagar.

Já não somos a glória
de um corpo à deriva noutro corpo,
as nossas mãos já não florescem
nos cantos de cada noite.

Abelhas mordidas de morte,
cães de olhar deserto,
à chuva, à pedra, ao riso,
todos somos
Ausentes para Amor Incerto.

Autor :João de Mancelos In Ausentes para Amor Incerto , Aveiro, Ed. de autor, 1994.
Foto:Szarareneta

2 comentários:

  1. Grato por ter divulgado alguns dos meus poemas.

    Eis o endereço da minha página: http://joaodemancelos.wordpress.com

    Um abraço,

    J.

    ResponderEliminar
  2. Obrigado por Blog intiresny

    ResponderEliminar

Agradeço muito o feedback .
Mas, não comente se não leu, e por favor não deixe copy-paste.
Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
Muito obrigada!