Pedras.Reconheço-me nas pedras.
Nuvens violentamente negras e pedras
Amontoadas de um castelo que ruiu.
O sol fundiu-se, a cidade está afónica.
O calor dos passos acesos
Alenta este silêncio de vão de escada.
.
Musica longínqua, remota.
Um bêbado cambaleante fermenta na voz:
«Já não temos tempo…»
.
Calo-me
À luz implacável do tacto frio da ausência.
Calam-se as palavras,
Seca a tinta da caneta,
É o grito do caos.
E assim perdemos tudo…
Autor:Gonçalo Nuno Martins
In:Nada em 54 vezes Pág.52
Foto:Oscar Keserci
Gostei muito do poema. Parabéns :))
ResponderEliminar.
Coisas de uma Vida...
Beijos. Bom fim de semana
Pedras, seres sem vida mas... têm direito a um poema.
ResponderEliminarUm abraço.