terça-feira, 16 de março de 2021

Testamento

Nunca vivi de joelhos,
Não fui “moço de recados”.
De frente peguei a vida,
Vi o bem,
Vi o mal,
Vi luxúria e traição.
Vi um amor sincero,
maior que o mundo,
caber na palma da mão.

Fiz poemas.
Pintei quadros.
Escrevi livros.
Aprisionei a ilusão.
Amei e fui amado.
Tive um sonh,o
na palma da mão.

Levo em mim ao partir,
a riqueza do que aprendi.
Deixo palavras,
sem valerem “um tostão”
e sonhos que foram ilusão.

Deixo o amor
maior que o mundo,
que me escapou
da palma da mão.

Autor :Silvestre Raposo
In poiesis volume XIII
Imagem : Omar Ortiz

2 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Poema simplesmente fantástico!! :)
*
Vaguear de espírito livre, e sozinho
*
Beijo, e um excelente dia :)

" R y k @ r d o " disse...


Poema muito bonito que gostei de ler. Quantos segredos não se guardam numa mão fechada? Tantos, tantos.
.
Um dia feliz
Abraço poético.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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