sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Bem sabes que não sou capaz
de dizer adeus
porque o amor tem sempre
a impossibilidade
da despedida
por não haver nele
nenhuma forma de morrer
como a luz do crepúsculo
que quando aqui se apaga
é para fazer dia noutro lugar.

E por isso não julgues
que tenha perdido
o norte
nesta estátua de mármore
em que me transformaste
ao sul
dos teus olhos.
Como uma ostra no fundo do mar
vou depositando esta pérola no coração
para te deixar.
.
Autor : José Miguel de Oliveira http://deliriospoeticos.blogspot.com/
Foto: mooya http://plfoto.com/zdjecie,portret,sunday-morning,2097044.html

2 comentários:

  1. Olá Beatrice, fico lisonjeado pela sua escolha. Este poema foi premiado num passatempo (poemas sobre o sul, do blogue porosidade-eterea.blogspot.com) e se o procurar lá poderá ouvi-lo na voz sublime do Luís Gaspar. Vale a pena!

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Saudações Poéticas e que a Poesia viva sempre entre nós.
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